Gente, resolvi escrever este post falando como foi ficar sem a Maria Antonia durante estes 10 dias de NYFW. Na verdade este post também serve para todas as viagens que faço sem ela, pois a dor da saudade é a mesma.
Muita gente me pergunta como eu consigo ficar sem a minha filha nas viagens que faço. Bom, pra falar a verdade, não existe uma fórmula ou remédio que diminua esta dor que sinto longe dela e confesso que dói, dói muito durante toda a viagem e principalmente dias antes dela começar e no dia que saio de casa. Sim, sofro demais, sou humana e mãe, tenho minutos de loucura que quero cancelar tudo, principalmente se for pegar um avião sem ela, o que faz o meu medo se triplicar. Esses momentos antes de sair de casa são horríveis e por sorte eu tenho um marido que me apoia demais, me dá forças e me encoraja a seguir em frente. Desta vez antes da viagem pra NY, eu fiquei super mal em deixar a Nini, falei pro Antonio que queria desistir e ele me deu muita força, dizendo que este é o meu trabalho e que sou feliz assim.
Medo de voar sem ela: desta vez ainda tinha um fator desesperador pra mim, que era voar sem ninguém da minha família junto, o que sempre faz diminuir o meu medo de voar sem a Maria Antonia. Explico: se tem alguém da minha família (mãe, irmãs ou marido) o meu medo diminui pela metade pois fico mais segura. De qualquer forma quando estou sem a M.A eu tenho medo, mas ainda consigo voar se a minha mãe está comigo, por exemplo. Desta vez fui sozinha, ou melhor, com a Silvia e o Renato, o que não ajudou muito para o medo diminuir haha. Meus anjinhos da guarda sempre me guiam e lá fomos nós. O vôo foi maravilhoso, não posso reclamar de nada, e hoje estou muuuuito feliz com a minha coragem de enfrentar um medo tão grande. Eu tinha que ir ou tinha que ir, não havia outra opção e FUI. Eu fuiiiiiiii gente!!! Quando cheguei em SP após a viagem eu falava comigo “parabéns Mariah, você venceu um medo enorme dentro de você!”. Agora preciso vencer o medo de voar pra Europa hahaha, este trecho não faço sem meus familiares neeeeeem a pau kkk. Mas aí é outra história gente!
Voltando ao assunto da saudade da Nini. Não sei como são as mães leitoras, mas eu sou muito focada quando viajo a trabalho, fico 24 horas por dia pensando no que estou fazendo, se meu trabalho está sendo bacana, se estou aproveitando 100% do que posso, enfim, fico tão focada e acelerada que não lembro muito da saudade da minha filha e do meu marido. A saudade do marido a gente consegue super segurar, né? Mulher é forte, mesmo que dói, a gente esquece… Mas dos filhos, vixi, é difícil. Durante as semanas de moda eu confesso que não tenho muito tempo pra ficar pensando no que ela está fazendo. E posso falar? Graças a Deus consigo me desconectar disso pois só assim consigo fazer o meu trabalho direito. Sei que ela está bem e segura, ligo pra casa pra ter notícias e sou bem focada nas perguntas: “ela está bem?” “está saudável?” “está feliz?” “está brincando?” , se está tudo bem é “beijo tchau e até amanhã”. Às vezes falo com a M.A no facetime, mas não todos os dias porque isso me deixa mais aflita e acredito que deixa ela também.
Enfim… Nenhuma mãe é igual a outra e sempre falo, não existe fórmula. Tem mães que não viajam sem os filhos e eu que viajo, tenho que respeitar. Eu, Mariah, preciso disso, deste momento meu e do meu trabalho, preciso sentir que estou sendo útil não só para ela, mas para as minhas leitoras também. Eu amo o que faço e não penso em parar. E para continuar um bom trabalho eu preciso viajar, e muitas vezes, viajar sem a minha filha. É uma coisa meio de vencer a dor e o medo, porque não é fácil deixar seu filho em casa e partir pro mundão. Nossa, não é mesmo.
Mas esta felicidade e este sentimento de dever cumprido é o que me faz feliz, é o que me alimenta, me faz sentir viva e completa. Se consigo trabalhar e ainda tenho uma família que amo em casa, aí estou completíssima hahaha!!! O meu conselho para as mães que sofrem ao deixar os filhos é que pensem neste sentimento de dever cumprido pois ele é bom demais!!!! Se estamos felizes, nossos filhos estão felizes, nossos maridos estão felizes. Este é meu lema.
Ufa! Acho que escrevi e me empolguei demais rs. O que querem ver no próximo Diário? Me deixem dicas, ok? E por favor, quem quiser compartilhar este drama das viagens comigo, fiquem a vontade! Beijos!!!
Foto: Renato Milani